Dr. Rubem A. Mariano*
Psicólogo - CRP 08/14994
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*Doutor em Historia Política pela Universidade Estadual de Maringá e Cientista da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo.
Introdução
A
palavra ética está em alta. Ela é tema abordado nas mais diversas áreas da
sociedade: na administração, na política, nas profissões liberais, na docência,
na pesquisa, nas discussões ambientais, na religião dentre outras. Nota-se uma
necessidade, em especial, de elaborar respostas face às questões referentes à
genética humana, ao meio ambiente, às políticas públicas e privadas, ao mercado
de trabalho, à dignidade humana.
Para
sermos objetivos, compreendo que, em contrapartida, é necessário o trato desse
assunto por parte das universidades e faculdades. Isso por uma questão óbvia:
os acadêmicos estão inseridos no processo de construção da sociedade. Afinal,
são eles quem estarão, de uma forma ou de outra, à frente como
"elite" intelectual e política.
Uma
reflexão sobre a dimensão ética da formação acadêmico-profissional pode
contribuir na formação acadêmico-profissional e possibilitar sinalizadores e
referenciais.
Especificamente,
o presente ensaio aborda sobre a formação acadêmico-profissional à luz da ética
da vida. Tal ensaio teve seu nascimento em uma aula inaugural proferida no
Centro de Ensino Superior de Maringá-CESUMAR para os cursos de Medicina
Veterinária e Fonoaudiologia. Portanto, não se pretende ser exaustivo nas
considerações, mas exercitar a reflexão face à carreira acadêmico-profissional,
a partir da ética filosófica e profissional que, por sua vez, está marcada por
um referencial humanístico.
O
texto a seguir está dividido da seguinte maneira: a) A formação
acadêmico-profissional: breve contextualização e localização do problema; b)
Estabelecendo termos e compreendendo-os para um melhor diálogo, e; c) Atitudes
necessárias à dimensão ética da formação acadêmico-profissional.
A Formação
Acadêmico-Profissional: Breve Contextualização E Localização Do Problema
O
mundo passa por transformações sui generis. Estamos vivendo a era das
revoluções científicas e tecnológicas nunca vistas (SROUR, 1998). Contudo, é
imprescindível atentarmos para os avanços e as conseqüências dessas revoluções.
Quem em poucas linhas, nos deixa vislumbrar as conseqüências do atual cenário
mundial é o escritor Carl SAGAN (1998). Ele nos diz que:
O
século XX será lembrado por três grandes inovações: meios sem precedentes de
salvar, prolongar e intensificar a vida; meios sem precedentes de destruir a
vida, inclusive pondo a nossa civilização global pela primeira vez em perigo; e
percepções sem precedentes da natureza de nós mesmos e do universo. Todos esses
três desenvolvimentos foram realizados pela ciência e tecnologia, uma espada de
dois gumes afiados. (p. 222).
A
formação acadêmico-profissional de qualquer instituição, hoje, no Brasil ou no
exterior, necessita refletir sobre a formação acadêmica e profissional de seus
alunos. Em contrapartida, o aluno que inicia a carreira universitária tem o
direito e o dever de refletir sobre a sua formação acadêmico-profissional. Tem
o direito de saber o que é ser profissional. Por que ser profissional. Para que
profissão. Ou elaborado de outra forma: tem o direito e o dever de refletir
sobre quais as implicações de sua profissão no contexto psicológico, social,
político, econômico e religioso. Sem isso, o acadêmico é mutilado em sua
dignidade humana. Sem uma compreensão crítica, podemos asseverar que a formação
desse profissional está seriamente comprometida.
Nota-se
um crescente interesse da sociedade pelo tema ética. Depreende-se que isso se
deve aos constantes problemas que atingem a vida em seu sentido lato, amplo e
crucial, em sua manutenção. Por exemplo: a gestão dos bens públicos e privados,
os transgênicos, a genética humana e a física nuclear (QUEIROZ, 1985).
Portanto,
a formação acadêmico-profissional deve ser pensada, levando em conta as mais
diversas áreas da vida em sociedade, bem como ser pensada e refletida por
educadores, educandos e profissionais das respectivas áreas, afinal de contas
estamos todos juntos nesta casa chamada planeta terra e os problemas, cada vez,
parecem que estão se tornando comuns e necessitam, por conseguinte, ser
enfrentados de forma conjunta, solidária e fraterna. É mister um espírito de
cooperação multidisciplinar para construirmos saídas plausíveis e eficazes para
os nossos problemas.
É
de minha concepção que a vida, seja particular ou profissional, necessita de
uma reflexão ética. Isso porque não podemos pensar a vida privada ou
profissional desvinculada da realidade social e existencial.
Face
a essa realidade, necessitamos de critérios que sirvam de parâmetros e possam
auxiliar o julgamento ético de nossas ações. Compartilho, de antemão, da idéia
de SUNG e SILVA (1995) ao colocarem a vida humana como critério.
Portanto,
o problema central é a manutenção da vida humana. Conseqüentemente de seu meio,
de seu ecossistema: da vida animal, vegetal, enfim, vida planetária (BOFF,
1999). E isso tem a ver com a academia e a formação profissional de seus
estudantes; especificamente, porque somos nós, queiramos ou não, os corresponsáveis
pelo nosso tempo. Recebemos a vida de outras gerações e temos que deixá-la para
as próximas. Isso é um compromisso ético absoluto.
A formação
acadêmico-profissional não se dá apenas nos campos do saber teórico, da
prática, da técnica, como se o ser humano fosse um computador programado para
processar dados e realizar fielmente tarefas. O ser humano é vida / morte, amor
/ ódio, espiritualidade / materialidade, criatividade / reprodução. Ele é esse
misto de complexidades e isso aponta para outros campos da existência humana.
Dentre esses campos encontramos o agir moral e ético. Como diz RIOS (1997), ao
falar de competência profissional: a profissão passa pelo saber fazer bem o
dever. Isso aponta e ressalta o agir moral como um aspecto importante do ser
profissional.
Estabelecendo Termos E
Compreendendo-os Para Um Melhor Diálogo Vida
A palavra vida (bios) tem
sentido amplo. Pode ser vida humana, vida animal, vida vegetal, vida
espiritual.
A vida brota do mundo
natural e do mundo cultural. Do mundo natural, por exemplo, temos a fauna e
flora. Do mundo cultural, por exemplo, temos os costumes, tradições, valores,
leis, etc. A vida, portanto, tem um aspecto natural e outro cultural.
Para ser didático, por
ora, um (mundo natural) eclode independentemente do ser humano e o outro (mundo
cultural) é elaborado, construído, criado pelo homem. Segundo RIOS (1997), “a
cultura é o mundo transformado pelos seres humanos, por meio do trabalho, ação
marcada pela consciência, pela liberdade e pela intencionalidade, impulsionada
por necessidades e por desejos” (p.39).
Mercado
Palavra
mercado é própria do universo econômico. Segundo SUNG e SILVA (1995) mercado é
o lugar onde acontecem trocas econômicas.
Mercado
sempre existiu desde que o homem conseguiu produzir bens além do que
necessitava e começou a trocá-los por outros bens produzidos por seus pares
(SUNG & SILVA, 1995).
Na
atualidade, tem-se tornado comum relacionar sobrevivência e mercado. Isso
porque a própria concepção de mercado implica, no atual contexto, a manutenção
da vida. As seguintes expressões ilustram bem isso: “se você não se cuidar você
está fora do mercado”; “tenho que me atualizar se não estou fora do mercado”. O
mercado se tornou o berço da existência. Essa compreensão cultural de mercado
aponta uma nova construção, se assim posso me expressar, de humanidade. Ela é
mercadológica. Há a troca das necessidades da pessoa pelas necessidades do
consumidor. Cria-se, portanto, uma cultura de mercado em que a subjetividade
está visceralmente ligada ao consumir (objetos) e não a pessoa e suas
necessidades psicológica e orgânica.
O
mercado é um sistema econômico culturalmente legitimado. O ser humano, nessa
compreensão, é um consumidor ou é um vendedor; este oferece seus produtos e
compete nesse mercado com outros com a finalidade de conquistar os
consumidores. Trazendo para nossa reflexão, a partir da cultura de mercado, os
futuros profissionais estão adquirindo conhecimentos referentes à profissão nas
universidades e nas faculdades com a finalidade de entrar nesse mercado e
atender satisfatoriamente os consumidores.
Moral
latim = mor – costume
conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito. Deparamos no dia-a-dia com
situações problemas, com dilemas como estes:
Devo
cumprir a promessa X que fiz semana passada ao meu amigo Y, embora hoje perceba
que o cumprimento me causará certos prejuízos? E Podemos considerar bom o homem
que se mostra-se caridoso com o mendigo que bate à sua porta e, durante o dia –
como patrão- explora impiedosamente os operários e os empregados da sua
empresa? (VÀSQUEZ, 1984).
Diante dessas questões é
comum perguntarmos: o que devo fazer? O que é correto fazer diante disso? Essas
situações problemas remetem à realidade concreta; nas palavras de VÁSQUEZ
(1984) problemas práticos com que nos deparamos em nossa realidade vivencial,
no cotidiano. Esses problemas práticos se dão na realidade social. Sendo assim,
os problemas de ordem prática são próprios do campo da moral. Ele está limitado
na ação do indivíduo que realiza o ato ou daquele que o sofre; por isso,
situações de cunho prático constituem-se tipicamente problemas morais.
Portanto, a moral está no
campo do fazer, do decidir, do agir em cada situação concreta.
Ética
grego = ethos- modo de
ser, caráter – conjunto das práticas morais de uma determinada sociedade, ou
então os princípios que norteiam essas práticas
Não apenas agimos ou
executamos afazeres, mas também necessitamos refletir sobre os atos quer em sua
realização ou avaliação. VÁSQUEZ (1984) diz que:
O
ser humano reflete sobre seu comportamento prático. O ser humano é um ser
reflexo, ou seja, reflete sobre suas atitudes e comportamentos. Quando o ser
humano tem essa atitude de reflexão ele está no campo da ética: o que é bom?
Não é um problema moral cuja solução caiba ao indivíduo em cada caso
particular, mas um problema de caráter reflexivo, teórico de competência do
investigador do ético (p.07)
Portanto,
o campo da ética está circunscrito pela reflexão do comportamento moral.
Para
finalizar esta parte, é fundamental para um melhor discernimento que “quando se
diferencia a ética da moral, geralmente visa-se distinguir o conjunto das
práticas morais cristalizadas pelo costume e convenção social dos princípios
teóricos que as fundamentam ou criticam” (SUNG & SILVA, 1998).
Profissão
latim = professione –
ação de fazer profissão de
Profissão
é a ação humana que marca indelevelmente o indivíduo e sua relação com o meio.
É através dela que o ser humano se dignifica e demonstra seu compromisso e
responsabilidade com a comunidade humana.
Segundo
SÁ (1996) entende-se por profissão, trabalho que se pratica com habilidade a
serviço de terceiros, ou seja, prática constante de um ofício.
Para
a Professora RIOS (1997), a capacidade de trabalho é exatamente o que distingue
os seres humanos dos outros animais – o trabalho é, na verdade, a essência do
homem.
Atitudes Necessárias À
Dimensão Ética Da Formação Acadêmico-Profissional
A
presente reflexão está marcada, simultaneamente, pela realidade complexa do
mundo atual e pelo ideal acadêmico-profissional, anelado por todos os
profissionais conscientes de sua missão, que trabalham nas faculdades,
universidades e estão comprometidos com os conselhos de ética de suas
respectivas profissões.
Passo
a pontuar algumas atitudes necessárias à dimensão ética da formação
acadêmico-profissional com a finalidade de contribuir para a carreira
universitária. Quero, para fins didáticos, abordar quatro áreas a que o
acadêmico está associado inexoravelmente, contudo já aviso que no plano da vida
real essas áreas não são estaques, mas se interagem de forma dinâmica,
dialética. São elas: consigo mesmo, com os colegas, com os professores e com a
sociedade. Essas quatro áreas foram inspiradas no texto de NALINI (1997) sobre
ética do estudante de Direito.
Portanto,
para se falar em formação acadêmico-profissional é imprescindível está
consciente da realidade associativa que marca a todos nós seres humanos. Não
temos como negar a realidade associativa. Ela nos envolve. Não somos seres
individualistas, mas como diria Aristóteles, serem sociais e políticos (1979).
Isso, por sua vez, não elimina nossa individualidade. Eu sou uma pessoa, mas
tenho de me lembrar que convivo com uma outra pessoa, um Tu. Essa relação
revela a realidade associativa: um eu para ser precisa de um tu e vice-versa.
Na realidade, a pessoa é um eu e um tu ao mesmo tempo. A visão associativa é
marcada pelos "eus" e "tus" para a construção de uma
sociedade democrática e ética.
Agora
sim, vejamos as quatro áreas já denominadas como atitudes necessárias à
dimensão ética da formação acadêmico-profissional.
Atitudes necessárias para
consigo mesmo
A
criatura humana é destina da à perfectibilidade; ou seja, todos nós podemos nos
tornar melhor. Isso é uma questão de consciência. Devo assumir o compromisso de
querer crescer. De querer conhecer a minha profissão. Para tanto, é fundamental
aproveitar o tempo na faculdade e estudar. Mas realmente estudar. Com
disposição, zelo, perseverança, honestidade, abnegação. É necessário, ainda, o
envolvimento com a vida acadêmico-profissional. Participar da vida
universitária, através dos diretórios, das atividades promovidas pela
Coordenação do Curso e do dia-a-dia da sala de aula.
Atitudes necessárias para
com os colegas
O espírito de equipe e o
coleguismo são bens inestimáveis à formação acadêmico-profissional do aluno.
Esses bens fertilizados darão muitos frutos na atividade profissional.
Contribuirão muito para adaptações, conflitos e dilemas que, certamente irão
surgir e que, diga-se de passagem, são benéficos para o amadurecimentos
profissional.
Quero
lembrar de duas ações ética importantes nesse particular: a solidariedade e o
respeito as diferenças.
1). Vivemos em uma
sociedade que dia-a-dia, tem distanciado as pessoas. O discurso individualista
tem sido um engodo e a negação da essência associativa do ser humano. É
fundamental conhecer o colega de sala, de turma. Ser fraterno, companheiro,
solidário;
2) Outra postura ética é
o respeito às diferenças, numa sala, curso ou faculdade há muitas diferenças de
raça, cor, aspecto físico, origem social, preferencias sexuais. Todas elas
merecem respeito e compreensão. O preconceito é algo daninho e que não condiz
com uma perspectiva democrática.
Atitudes necessárias para
com os professores
Os
professores, em qualquer período escolar, são alvos de elogios e retaliações
por parte dos alunos. Eles podem ser anjos de luz ou anjos decaídos. São muitos
os fatores que estão em jogo. Não teríamos tempo, mas quero ressaltar que há
professores que amam e são apaixonados por aquilo que fazem. Estes, certamente,
concordam com ações pequenas, mas importantes, por parte dos alunos, como:
prestigiar a aula, atentar para a exposição, indagar e contribuir para um
debate fecundo e, finalmente, por ora, ser franco, amistoso, cooperativo e
sincero. Como diz NALINI (1997), e HELEN SILVA (1999), o ideal seria o
estabelecimento de laços de amizade entre professor e aluno. Ou ainda nas
palavras de PAULO FREIRE (1998) a educação precisa de ternura e respeito entre
educadores e educandos.
Atitudes necessárias para
com a sociedade
Vivemos
em sociedade. Nascemos nela, portanto não fomos gestados para ficarmos
enclausurados ou ensimesmados. Assim como acontece com o filho que gestado
pelos pais, educado, sai de casa para viver em sociedade; assim é o aluno que
passa por um período de formação acadêmico-profissional. Ele é formado, educado
e apto a exercer sua profissão na sociedade. Ele não faz faculdade apenas
olhando para si e para seus próprios prazeres. É claro que ele colherá os
frutos individualmente, mas perpassa, indiscutivelmente, um compromisso efetivo
com a sociedade.
A
sociedade espera que esse profissional possa ajudá-la em dilemas e problemas
que surgem. Para tanto, é necessário que o acadêmico, desde cedo, exercite a
ação solidaria para com a sociedade. Um bom início é a participação do aluno em
cursos de extensão e de prática solidárias que se propõem a interagir com a
comunidade nos itens: troca de conhecimentos e oferta de serviço para
melhoramento de vida.
Considerações Finais
Espera-se
que o acadêmico possa aproveitar bem o tempo de preparação na universidade ou
faculdade com muito afinco e dedicação, procurando se desenvolver como
profissional total: humanidade, conhecimento e técnica. Se isso realmente
acontecer estaremos garantindo melhores condições de vida para nós e,
consequentemente, a vida para as futuras gerações.
A
vida profissional passa pela ação, agir. É fundamental lembrar que, para o
exercício da profissão são necessárias atitudes éticas. Essas atitudes,
elencadas e esboçadas neste ensaio, são algumas que devem ser consideradas
nessa caminhada de formação universitária, que contribuirá para a prática
profissional efetiva.
Por
fim, transcrevo o Juramento de Hipócrates (REALE & ANTESERI, 1990) que
viveu nos anos 460 a 370 AC. e foi o criador da medicina científica grega.
(ainda hoje os médicos prestam esse juramento) para servir de reflexão final:
por
Apolo médico, por Esculápio, por Higéia, por Panacéia, por todos os deuses e
deusas, invocando-os por testemunhas , juro manter este juramento e este pacto
escrito, segundo minhas forças e o meu juízo. Considerarei quem me ensinou esta
arte como a meus próprios pais porei meus bens em comum com ele e , quando
tiver necessidade, o pagarei do meu débito e considerarei seus descendentes
como meus próprios irmãos ensinando-lhes esta arte , se desejarem aprende-la,
sem compensações nem compromissos escritos e verbais e toda outra parte do
saber aos meus filhos, bem como aos filhos de meu mestre e aos alunos que
subscreveram o pacto e juraram segundo o uso médico, mas a mais ninguém
.Valer-me ei do regime para ajudar os doentes, segundo as minhas forças e o meu
juízo, mas absterei de causar dano e injustiça. Não darei a ninguém nenhum
preparado mortal , nem mesmo s me for pedido, e nunca darei tal conselho;
também não darei às mulheres pessários para provocar aborto. Preservarei minha
vida e minha arte puras e santas. Não operarei nem mesmo quem sofre do mal “mal
de pedra” deixando o lugar para homens especialistas nessa prática. Em todas as
casas em que entrar, irei para ajudar os doentes, abstendo-me de levar
voluntariamente injustiça e danos, especialmente de qualquer ato de libidinagem
nos corpos de mulheres e homens, livres ou escravos. Tudo aquilo que possa ver
e ouvir no exercício de minha profissão e também fora dela, nas minhas relações
com homens, se for algo que não deva ser divulgado, calar-me-ei, considerando-o
como um segredo sagrado. Se eu mantiver este juramento e não o romper, que me
seja dado desfrutar o melhor da vida e da arte, considerado por todos e sempre
honrado. No entanto, se me tornar transgressor e perjuro, que seja colhido pelo
contrário disso. (p. 119)
* Artigo publicado originalmente
na Revista de Iniciação Científica Cesumar, Maringá, 2 (1): 37-41, 2000
** Doutor em História Política pela Universidade Estadual de Maringá - UEM.
Referências
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ética a Nicômaco e poética. São Paulo: Abril Cultural,1979. v.2 (Coleção Os
Pensadores)
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NALINI, José Renato.
Ética geral e profissional. São Paulo: revistas dos Tribunais, 1997.
QUEIROS, José J. (org.)
Ética no mundo de hoje. São Paulo: Paulinas, 1985.
REALE, G. ANTISERI,
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RIOS, Terezinha Azerêdo.
A dimensão ética da profissão. In: Hypnos. São Paulo: EDUC, 1997.
RIOS, Terezinha Azêredo.
Ética e competência. Cortez: São Paulo:1993.
SAGAN, Carl. Bilhões e
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SÁ, Antonio Lopes. Ética
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SROUR, Robert Henry.
Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus,1998.
SUNG, Jung Mo; SILVA,
Josué Cândido da. Conversando sobre ética e sociedade. Petrópolis(RJ): Vozes,
1998.
SILVA, Helen M. de.
Escola e afetividade: possibilidades e questionamentos. Guarulhos,1999, pp.
125. Dissertação (Mestrado), Universidade de Guarulhos.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez.
Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984. (Perspectivas do Homem).
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